terça-feira, 17 de março de 2015

Congresso das Poesias Vivas - "A Morte" segundo eles



“A pior morte 
 É daquilo que continua vivo 
 Pela certeza de que já morreu 
 E pela também certeza de que continua vivo...” 
- Marin Chêne 

“Vida.. 
 Coleção temporária 
 Das mais diversas formas de falecimentos...” 
- Henry Dernier 

“O sal vai molhar o rosto 
 Daquele que deixou para amanhã 
 A doce amizade que hoje se foi..." 
- Vinício Candelária 

“A morte não é nada para nós, pois, quando existimos, não existe a morte, e quando existe a morte, não existimos  mais.” 
- Epicuro 

“Nisto erramos: em ver a morte à nossa frente, como um acontecimento futuro, enquanto grande parte dela já ficou para trás. Cada  hora do nosso passado pertence à morte.” 

“Trabalha como se vivesses para sempre. Ama como se fosses morrer hoje.” 
- Sêneca 

“A única coisa tão inevitável quanto a morte é a vida.” 

“A vida é o princípio da morte. A vida só existe em função da morte. A morte é acabar e começar ao mesmo tempo, separação e união  mais estreita consigo mesmo.” 

“Temos a arte para não morrer da verdade.” 

“Não é difícil morrer nesta vida: viver é muito mais difícil.” 

“Temam menos a morte e mais a vida insuficiente.” 

“Eis um teste para saber se você terminou sua missão na Terra: se você está vivo, não terminou.” 
- Richard Bach 

“Quem alguma vez sobreviveu a um grande amor, é feliz até à morte, e infeliz porque dele se curou.” 

“Está morto: podemos elogiá-lo à vontade.” 

“Descansem o meu leito solitário 
 Na floresta dos homens esquecida, 
 À sombra de uma cruz, e escrevam nela: 
 Foi poeta - sonhou - e amou na vida.” 
- Álvares de Azevedo (o Poeta da Morte) 

“Psicologia de um vencido 

 Eu, filho do carbono e do amoníaco, 
 Monstro de escuridão e rutilância, 
 Sofro, desde a epigênese da infância, 
 A influência má dos signos do zodíaco. 

 Produndissimamente hipocondríaco, 
 Este ambiente me causa repugnância... 
 Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia 
 Que se escapa da boca de um cardíaco. 

 Já o verme — este operário das ruínas — 
 Que o sangue podre das carnificinas 
 Come, e à vida em geral declara guerra, 
 Anda a espreitar meus olhos para roê-los, 
 E há de deixar-me apenas os cabelos, 
 Na frialdade inorgânica da terra!” 

“O próprio viver é morrer, porque não temos um dia a mais na nossa vida que não tenhamos, nisso,  um dia a menos nela.” 

“Poética

 De manhã escureço 
 De dia tardo 
 De tarde anoiteço 
 De noite ardo. 

 A oeste a morte 
 Contra quem vivo 
 Do sul cativo 
 O este é meu norte. 

 Outros que contem 
 Passo por passo: 
 Eu morro ontem 

 Nasço amanhã 
 Ando onde há espaço: 
 – Meu tempo é quando.” 

“O oposto da vida não é a morte: é a repetição.” 

“Eu não vivo guardado em segredo 
 Nem no medo, um receio sequer 
 A não ser quando a morte vier 
 E me pegar sorrindo querendo ficar.” 
- Raimundo Fagner 

“Faça aquilo que você tem medo de fazer e a morte do medo é certa.” 
“A morte 
 É uma perigosa convenção 
 Estabelecida por aqueles que não sabem viver..” 
- Eduardo Carval 




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