Tarde de sábado, pós-carnaval. Os casais brasileiros. Eles
ainda estão na praia. Ou eles já vieram e foram ao cinema. Pegaram as crianças
e estão na casa da avó. Num pesque-pague, descansando sob as réstias de sol
teimoso. Churrasco na chácara dos amigos. Compras no shopping, na loja de
materiais de construção, no hipermercado ou na padaria do bairro. Voltinha no
calçadão, na praça e na vizinhança. Assistindo um DVD lançamento no home theater. Ou
então inovaram, e foram passar o dia num motel da região, bem afastado do que
eles são na cidade. Uma exposição qualquer, num museu imponente. Enfim, eles
estão por aí, os casais. Apaixonados ou não, amados ou não, imaturos, frescos
ou amadurecidos: juntos. É de se confessar que é bonito ver as uniões caminhando
lado a lado, rosto com rosto, corpo e corpo, mente mais mente. Quem dera sintam
o que parecem demonstrar. Nós, hoje não saímos de casa. Combinei com minha
parceira de ficarmos aqui, juntinhos depois do almoço, no sofá, na cama e no
banho. Ela me embala, acaricia e conforta. Ela vem, invade e arde. Queima e
encoraja. Minha doce companheira, agradeço-lhe de coração pelo seu colo
permanente. Um beijo carinhoso em você, Música. Porque é você o meu verdadeiro
amor.
"Esquecimento"
SKANK
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