A escara do tempo.
Algumas décadas de hemostasia,
colágeno em exercício.
Sobre a pele, marcas do que não se foi, ao redor do
mesmo olhar de sempre.
Ele em fase de depuração ampla, geral e irrestrita,
anistiando a si mesmo.
Jogou todas as culpas fora, ficou tão leve quanto
pensamentos de algodão.
Um processo delicado,
envolvendo procedimentos de
várias naturezas artificiosas que rondam a humana.
Papel de todos, alguns
chamam isso de dever.
O grão-mistério, é saber colocar em prática tal
aprendizado,
sem que o tempo se faça de corrente, obstáculo.
Ele decidiu, foi e
não mais voltou.
Tem algumas coisas em seu bagageiro.
Retratos do passado,
instrumentos do presente e absolutamente nada para o futuro.
Pretende construir
lá, as coisas novas que imaginou aqui.
Sorriso escondido atrás do desamor,
fazia aparecer só a metade quando se iludia.
A ilusão é uma infância
prolongada, ele concluiu uma vez.
Só mesmo os ingênuos acreditam na felicidade
plena.
Pois se fosse plena, eles nem precisariam acreditar, ou ter referenciais
de fé.
Um arco-reflexo, indicava reconhecimento de saúde.
Veículo apropriado
para fazer da próxima segunda-feira, um anteparo humano.
Chega de vidros de
areia, castelos de areia, mulheres de areia.
Ele quer é andar sobre a areia.
Andar
descalço.
E se ainda houver um rastro de pegadas femininas pelo caminho, que ele não vá
atrás.
Que ele continue fazendo daquele sentido, o seu caminho interno, um
destino bem cumprido.
Ele nunca foi dado a espelhos.
Sempre houveram vazios ao
redor de sua imagem.
Estefano não precisa ver para crer:
ele nunca deixou de sentir isso...
ele nunca deixou de sentir isso...
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