domingo, 10 de abril de 2016

Seção Formato Mínimo


Cruzeiro do Céu 

É meia madrugada. Vou lá fora contemplar um pouco de firmamento. À direita do Cruzeiro do Sul, um braço que aponta o este. Naquela direção, há uma estrela em coordenada hemisférica. Que eu não vejo, não. Meu olhar se perde além das nuvens, ela está mas novamente não aparece em seu quadrante. Eu não espero, não desejo nem quero. Apenas seria bom, assim como faz bem ver o mar. Talvez, exista um lugar sem tantas nuvens. Ou, quem sabe, é porque o seu brilho seja mesmo autônomo, próprio, como anuncia a natureza. O reluz, apenas a memória do que o silêncio não abriu... 


Moska & Kelvin
'La Edad del Cielo'




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