Renato, Ney e Paulinho
traduzindo gentes
Acampamentos
são lugares imaginários e distantes, para onde mandamos nosso espírito
revigorar-se(-nos). São lugares de plena liberdade, onde tudo é como a gente quer, porque
todo desejo aflora e todo sonho acontece, em se tratando de determinada emoção.
Lá tem fogueira, tem música e água, tem pão e poesia, tem praia, tem luar, tem mar, tem papos, tem abraços, tem cafunés, tem beijos e tem Amor. Tem rodas de violão, seres marinhos e humanos. Tem também
um pouquinho de hesitação, por pensarmos que é tão distante assim e que fica apenas
no plano da imaginação. Planos dimensionais, são como páginas de um livro de uma
história, folhas de massa de lasanha, estruturas pré-moldadas de engenharia, ele-&-ela:
se superpõem um ao outro, se completam formando um todo, uniforme, compacto, uníssono,
quando de mesma natureza. Ah, com licença mas eu estou indo pra lá agora mesmo,
de carona com estas canções garimpadas a ouro. Ouro brilha. Falando nisso, já que têm coisas da vida nas quais a previsão do tempo não cabe, penso que hoje à noite
haverá Lua. Onde ela brilhará, continua mistério, sua órbita. Quem sabe eu consiga ver uma pontinha dela no meu céu. Um céu de todos, mas quem olha sou eu, então é meu. Por isso, sinto que eu estou muito feliz. Também sinto que o tal do “se”, ficou
em alguma curva do passado, abraçadinho na beira do caminho com o tal do “não”.
É, eu deixei estes dois hesitantes bossais na beira da estrada. Quero seguir vivendo um pouco mais leve a partir de agora. Livre, como num acampamento ao luar, aguardando a Lua passar...
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