O
violão silenciou
Também
não vem mais música lá de fora
As
palavras diminuem seus encontros
Há
mais sossego aqui dentro
Enfim,
um clima lúgubre
Anunciando
em pensamento
Aquilo
que não precisa ser ouvido,
dito,
talvez nem presenciado...
Meu
estilo
Um
louvor de ideias
Saídas
da carne para a vitrine
Algumas
pessoas passaram
E
ninguém comeu..
Nos
fundos de minha casa imaginária
Um
terreno que se estende até as minhas origens
Covas
preenchidas
tantas
que
já não dá mais
para
plantar ninguém
o
solo é de decomposição
frutos,
somente
em outros imóveis.
Jamais
Eu
questionaria meus pais
Nos
tempos de hoje
Até
a paternidade
de tão ocidental,
banalizou-se patrimonial..
de tão ocidental,
banalizou-se patrimonial..
Se
alguém lhe oferecer ajuda
Desembrulhe-a
E
veja se não contém,
no fundo do pacote
um pedaço de humilhação..
Contar
essa história
Em
outro lugar
Bem
longe daqui
Talvez
eu possa rir
Pois
ninguém acreditará
Outras
pessoas,
Mesmo ceticismo...
Talvez
eu precise mesmo
De
um colo para deitar
Par de ombros para chorar..
Mas
eu não me rendo
Seguirei
firme e impávido
Na
luta pela solidão..
Não sou egoísta
Penso em mim também.
Se Estela
Tão
linda e tão bela
Sai
alegre pelo mundo
Mantendo
fechada sua janela
Por
que razão
Eu
não seria solitário como ela?
Nunca
obrigue ninguém a gostar de você
Também
não pense que alguém lhe gosta,
por isso ou por aquilo
por isso ou por aquilo
O
gostar,
Não
admite imposição nem raciocínio
Ele
é espontâneo
Ele
se manifesta..
O
resto,
É botica.
Na
pirâmide social
Quem
só olha para o vértice
Não
sabe que pisa...
A
vontade de ir embora
Desanima
o permanecer
Tão
óbvio
Que
as dimensões se fundem
Se
repetem
E
gritam juntas por um amanhã..
Os
pássaros foram embora
Permanece
a árvore
E
sua sombra
Para
ouvir passados...
Eu,
aqui de novo
Desenhando
dores
Nesse
papel sem cores
Guardando
uma aquarela em mim
Talvez um dia,
pintar lá fora
pintar lá fora
Uma
vida feliz assim.
.
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