Acalme-se
No
fundo do poço,
Ainda
existe uma tampa...
Não
basta água
Há
de ser gelada
Para
a incendiada garganta
Não
se salvaram palavras,
queimadas
Árido
ouvido alheio
Desertos
com portais
Que
eu beduíno, desvio
De
toda forma de calor
de
voz
ou
de amor...
tudo
isso é miragem
tudo
mesmo, bobagem.
O
mar recuou
Sinto
daqui,
do planalto
Onde
a terra não avança
Ela
se abre em fendas,
Invisíveis
e sem vitaminas
Nem
sais, que fossem minerais
A
decompor
Todo
esse teu desamor...
A
idade
O
sono
A
memória
Os
sorrisos morrendo,
em uma rede na sacada
Foi
tempo perdido sim
Devia
ter errado mais
E
assim, ter menos a lembrar
Pois
o que mais dói
É
o que não aconteceu...
Hoje
eu escrevi
Na
página de um amigo
Não
era livro meu
É
porque hoje eu tomei chá
Meu
café morreu
Não
faço livro,
Apenas,
expulso páginas de mim...
O sentido de escrever
expulso páginas de mim...
O sentido de escrever
Seria
em tese, alguém ler
Muitas
teses quebram
Porque
teses são barreiras,
na estrada do viver
Contam
o que há ali em volta,
da barreira
Mas
a estrada continua, além
E
aquele sentido, está no fim...
Escrevo
porque não vivo
O
que queria dentro de mim.
Descobriu
pedra rara
Não pôde lapidar
Deixou-a na natureza
Com
ele,
não seria sempre pedra...
e
de volta à natureza
ela
tornou a ser só, pedra
seria
rara, apenas
no momento da descoberta
ou
enquanto fosse lapidada
dois tempos
é o que dizem ser amor...
é o que dizem ser amor...
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