O mar em cólera.
A natureza ignora o homem, que a
desprezou como habitat.
Outros homens pagam por aqueles que a
desprezaram.
Na dimensão reduzida, a ira humana em
forma de relações que sucumbem à presença do ódio.
Sim, o ódio é uma alga destruidora, em
águas pessoais.
Uniões, elos, quaisquer espécies de
relacionamentos podem ser contaminados.
Alguns, têm as algas envolvendo os seus
braços; outros, o próprio pescoço.
E continuam como se não fossem
dali.
O mar avança sobre a avenida, as
casas.
A pessoa avança sobre outra,
pessoa.
Enquanto o oceano invade orlas, a
pessoa destrói laços.
A ressaca volta ao seu ponto de
normalidade no oceano.
Os rompimentos, as feridas não.
Estes, permanecem sobre o asfalto do
peito.
Antes, conheça além da linha d'água de alguém.
Visite o seu porão, veja os seus sonares.
Antes, conheça além da linha d'água de alguém.
Visite o seu porão, veja os seus sonares.
Senão, será preciso muita habilidade para limpar
a orla, o caminho, o passeio.
Pois a vida dos odiosos, não possui
bueiros em suas rotas...
Nenhum comentário:
Postar um comentário