Um
pedido de desculpas
Faço
ao senhor das letras
Que
fui arredio aos poemas
Por
detestar as rimas
Para
mim algemas
Nos
pulsos de minha única liberdade..
Eu
viajei sem combinar
O
mar com o ato da partida
E
sem sonoridade em meu conto
Sigo
solto sem ferida
Que
o sal marinho arderia
Caso
eu não contasse que aqui chovia..
No
lugar que não cheguei
Há
uma grinalda furta-cor
Na
porta da varanda encerada
Ladrilhos
emprestam sol
Um
mundo ao contrário
Dentro
de mim, talvez mesmo aqui..
Uma
notícia só minha
Desponta
no precipício da garganta
Olha
para fora da boca
E
volta ao conforto do silêncio
Aquele
hotel de mentira
Onde
abrigamos nossos medos da verdade..
E
o grito imaginou-se livre
Saiu
do cárcere do peito
Para
ecoar no pensamento
Brados
da força-mente
Avisando
a toda gente
Que
eu ainda permaneço na plateia..
A
face do céu é a única que eu vejo
Tão
longe, Mas agora
chora
sobre mim o Frescor que não esfria
Ontem
sol ou riso, Que me aquecia
Então
vem da natureza o que não sai dos humanos
Assim
é o meu olhar Voltado para cima e só o azul cativar..
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