sexta-feira, 14 de outubro de 2016

[O Olhar] - segundo O AUTOR, em alguns tempos




 O olhar curitibano 
 É um mirar disfarçado 
 Atravessado feito bissetriz 
 Ou a diagonal de um quadrado 
 Dos outros olhos desvia 
 Com habilidade de maestria 
 Não por medo 
 Nem por segredo 
 Apenas por não admitir 
 Ouvir a voz do outro lado... 


 A cor da estrada 
 Cinza, ao olhar para baixo 
 Verde, se para os lados 
 Azul quando para cima 
 E alaranjada, 
     ao olhar para dentro. 
 mas não havia sol 
 e tinha toda cor... 


 Olhos coloridos 
 São armadilhas para os castanhos 
 Sobrevivência e mimetismo 
 Na selvageria da cegueira.. 


 Feche os olhos 
 E veja o que você não sentiu.. 


 Pensamento 
 É um olhar deitado no colo 
 Recebendo cafuné do silêncio... 


 poesia voltou para casa 
 andava perambulando por aí 
 sem roupa de inspiração 
 nua, 
 não era nada lá fora, 
 ninguém a via 
 nua, 
 apenas aqui 
 onde a visto de palavras 
 para deixá-la ir quando quiser 
 sem se preocupar com o clima 
 tampouco com a minha morte, 
 ou a do alfaiate que a vestia.. 


 O sentimento 
 É um olhar que perdeu o grau 
 Só enxerga dentro 
 Bem ou mal.. 


 Abraço, 
 é moldura de saudade 
 Olhar, 
 é tela do desejo... 


 No caminho do infinito 
 O olhar dela se perde 
 Justo onde se encontra 
 Na beira do abismo, 
    de tudo aquilo que poderia ter visto... 


 Meu olhar 
 Fugiu para o horizonte 
 Estou cego por querer 
 De tanto mar, 
 Que tenho para singrar... 


 Abram os olhos 
 Aproximem as bocas 
 Toquem os lábios 
 Encerrando o olhar 
 E boa viagem.. 
 O céu é mesmo aqui... 






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