Um céu de verão moscovita
A simpática violeira sempre
sorridente
O patrício expert em pescaria
E as novas do clube
esportivo..
É o que lhe basta
Para saber deste mundo
bastardo...
Voltar
Para um lugar permanente
De onde jamais se saiu
Apenas se fingiu
Uma alforria impossível...
Inverno molhado
Sempre foi assim
Teimoso, insisto
Tal qual na falta de
querubins..
Tentei a rima
Tentei amar
Tudo em vão
Coisas só para especialistas
Em decoração de exteriores...
O horizonte
Não fica lá onde se imagina
É apenas um espelho, no verso
Da porta que ainda não
abrimos..
Pessoas deitadas pelas noites
frias
Cobertores úmidos sobre as
calçadas
Restos mais outros erres sob as marquises
Restos mais outros erres sob as marquises
E o calor da coisa pública
Na lareira dos homúnculos individualistas..
As ondas do rádio
Trazem poucas garrafas de música
E muitos engradados de
desesperança
Para o botequim dos
espectadores
Passivos de tanto acreditar..
Passivos de tanto acreditar..
A família dos próprios
europeus
Está asilando o velho
continente...
Eu preciso de água
Muita água
Tamanha esta sede
Que sinto do nada...
Há um paraíso
Bem pertinho de você
O meu,
Fica um pouco antes de mim...
Minha casa tão engraçada
Paredes de livros
Chão de areia
Cama de rede
E um violão para sombrear...
Um rancho
Sem galinhas nem vaquinhas
Tão fundo quanto o vale
É o que me vale encontrar...
Saudades da montanha
Seu percurso
Floresta intocável
Onde eu era apenas outro
animal...
Depois do fim das coisas
Nós continuamos
Até perceber
O quanto o tudo é infinito
E o quanto o nada foi
efêmero...
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