quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

hERMENÊUTICA <> cORRENTEZA / bOCA lIVRE

SINOPSE 
Esta bela música de Tom Jobim & Luiz Bonfá, fala sobre um amor determinado, mas renegado por alguém que não o reconhece. Enquanto a natureza se move, sugerindo acompanhar a correnteza da vida, para aquilo tudo que é maduro, os dias de chuva chegam e afastam as possibilidades do encontro pessoal. Porém, mesmo com as intempéries do mau tempo, este encontro sempre seguirá marcado no sonho de quem está amando..  


 "cORRENTEZA" 
 pOR bOCA lIVRE 


 DANDÁ 
Vem. Destrói teus muros, desfaz teu véu, desnudando tua alma branca que eu sei. Abandona tuas convenções, rasga teus acordos, guarda tua fantasia para outras horas que não de mim, porque agora é a nossa vez. Isso, completamente nua, avança em minha direção como se eu fosse presa, quebra minha defesa de ti e arranca-me o tempo que guardei para nós dentro desse meu coração fidelizado. Ato perfeito, pela importância em nossas vidas, longe de qualquer aparente violência mundana figurada na distância. Mais do que simbolicamente, toma-me nos braços e sorve a água que alimenta tua sedenta companhia tão imaginária. Sim, faz tudo isso que será tua libertação, por enfim matares o teu medo de nós, no sentido de que os poetas devem respeitar o que está escrito. Podem tergiversar sobre os descaminhos, o que lhes é aprazível, mas não se pode evitar o lugar para onde são conduzidos por suas palavras.  Porque também foram elas que me levaram a ti, mas foste tu que entraste em minha vida afetiva. Fizeste isso na forma de emoção, que eu não consigo imaginar como seria a vida ao teu lado. Não consigo imaginar como é a felicidade. Então vem. De braços abertos, sorriso contido e de olhos cerrados, na vã tentativa de esconder o imensurável sentimento que mantenho por ti, estarei te aguardando na esquina de nosso futuro. Se escorrer uma lágrima em tuas mãos, não ligue, é nada mais do que o meu amor, vertendo em tua vida natural de correnteza... 

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