PELAS TUAS MÃOS
É preciso sair de algum lugar e conceituar o indefinível, em razão dos
sentidos. Então, já no caminho, a subsunção da realidade nos conta que
realmente há uma distância entre eles, mas que não pode ser medida. Talvez,
descobrir o que lhes separa, encontrando o elo fundamental que os une. Este,
provavelmente situa-se num portal a ser atravessado, além de um prisma a ser
transposto, ou simplesmente sobre o mesmo ponto na linha de junção dos dois planos
de existência. Lá, ou simplesmente ali, provocando-se o gesto por um
entreolhar, o toque das mãos, a timidez dos sorrisos, o enrubescer no abraço. Aqueles inocentes atos, os
quais nunca deixarão de ser importantes vias de acesso, fundamentais para a
transcendência do destino, ou seja, o seu acontecer. Tudo é normal e belo,
quando se tem um vitral delimitador, que é ao mesmo tempo convidativo à nova vida. A sina da mais bela entre as descobertas, a ser realizada pelos sujeitos
semelhantemente fractais. Tamanha identidade, são paralelas precisando se tocar,
assumindo o desafio à ciência em desobediência ao seno cartesiano, mas sobretudo
em consideração ao destino complementar. Fossem românticos, diriam que seria a
temporada das flores. Mas como são humanamente renitentes, ainda necessitam se
aproximar...
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