segunda-feira, 14 de agosto de 2017

A Loucura no Divã


Se eu não fosse louco,
Não aguentaria
Eu me mataria,
A duas quadras da Praça dos Enforcados.


Calçadão
Palco da insanidade
Cidade e loucura
Acontecem em sintonia fina
Desfilando sobrevivências
Sem plateia que as analisasse...


O amor
É a forma mais ingênua da loucura
Pois só se crê em um mundo
Os outros mundos,
São de ficção
A mesma que anula daquele amante,
A sua pérfida razão..


A polaca tinha pelos no ventre
Vergonha da sua rosa
Tão rósea quanto a flor
Vermelha quando quente
Despetalada pela língua da gente
Insano de sede
Do gozo dormente...


Faço planos impossíveis
Mas traço rotas perfeitas
É assim que bem se leva
Um descaminho para algum começo...


Minha crise,
É o silêncio
Quando eu berro para dentro
Essa voz que me afoga
Parecendo ecoar
Em algum lugar do pensamento
Aonde os nervos não chegam
Não há sangue
Só tem maré...


Sou neutro
E idiota
Por isso,
Também sou o que não sou..


Queria uma cidade antes
Que nunca tivesse virado cidade
Será sempre mocidade...


Sou feliz,
    agora..
Vá embora,
Não queira saber o pouco me deixa assim.




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