O fim da estrada.
Não há um fim dessa
estrada,
é só a fronteira do país..
Pensa que tua vida é
uma floresta
E tua sobrevida é
caminhar
Ora abrir picadas
Ora descansar
Árdua tarefa
E tão mais difícil
será
Se mais peso
carregares
Em forma de medo,
Ou em forma de morte
Porque o desamor,
É só um cantil
funcional...
Nas fotos mais
bonitas da natureza
Repara que não
aparecem seres humanos..
Na subida da
montanha
O facão dentro da
mochila
Um tropeço,
Virou cruz fincada
no caminho..
Todos têm facas,
lâminas
Nem todos sabem
usá-las...
Preciso da mata
Das cachoeiras, rios
Da bicharada ao
longe
Ou à espreita
Quem sabe um animal
me olhe
E não me julgue como
os daqui..
Tão bonita
Atravessando a
pinguela da Casa do Ipiranga..
Perdida por ali?
Nada,
Eu é que me
desencontrei há tempos,
da beleza convencional...
O Cadeado não tem
mais forma
Foi o tempo,
Que o transformou em
serra..
Cadê a onça?
Está por perto
Veja as pegadas na
beira do rio
Não há medo
Medo é coisa de
cidade...
Dez minutos,
intervalo
Para o próximo trem
Duzentos metros de
ponte
Sobre um
despenhadeiro,
Outro hotel da morte
Que nenhuma sorte
vai deixar de reservar
Basta a maestria no
caminhar..
Estrada de ferro
Ascendente francês
ajudou construir
Sinto-me em casa
No tempo em que
havia famílias...
O rio gelado nos pés
Ou sou eu,
Que ainda guardo
calores inúteis...
Na floresta
É onde a mente se
encontra com a gente
Ela vai à frente
Guiando até o
lugar..
Num túnel
Em total escuridão
Acenda ao menos sua
consciência
Ela é a bússola
Muito pouco
utilizada à luz do dia..
Um aclive negativo
Obstáculo maior,
não há como voltar
Assim é a vida.
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