terça-feira, 8 de novembro de 2016

VINTE BARBANTES de CORDEL MODIFICADO




 A criança dentro do adulto, é alguém que não se esconde. Atende pelo nome de medo. 
 O ódio é como o vômito. Instantâneo e revelador. 
 Há um futuro que não mais existe. Era o daquele passado, abortado. 
 A multidão caminha desatenta. Fosse o contrário, nortear-se-ia. 
 Tenho dúvida em estender a mão para o cego. Minhas mãos estão vazias. 
 Desprezar amizades tem preço. Velório vazio é mais triste. 
 Mulheres brincam de amar. Homens, levam a sério a traição. 
 Pessoas, são um bando de gente sem sexo. Animais, andam nus. 
 Não chore apenas uma lágrima. O pranto é um afluente do rio principal. 
 Dias de ira. Amor em baixa. 
 Espectadores assistem a shows. O espetáculo de verdade é lá fora. 
 A juventude de outrora foi transviada. A atual, robotizada se desencontra. 
 A droga liberta o usuário preso. Ele parte para o infinito da dependência. 
 O silêncio na casa é maior que o da noite. Já não é casa, é exílio. 
 Alguns adoram tempestades de toda natureza. Precisam do risco como auto-afirmação. 
 Em uma só poesia cabe um mundo. E o mundo, não retribui espaço justo para a poesia. 
 Corações não têm sentimento adequado. As perspectivas, são cerebrais. 
 Aos cinquenta, já vemos quase todas as luzes. Dez anos antes, nem havia túnel. 
 Muitos vão embora por opção. Pior, é partir com chance de ficar. 
 Aproveite o seu momento. Geralmente, é só o mundo que se repete. 


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