Teu medo, é circunstancial.
Preso a
uma condição de tempo, lugar ou modo que a envolve em determinada situação.
E
assim, torna-se relativo.
Afastada tal condição, cessa o medo.
Do escuro, do
bicho, da sombra, do amor.
É ele uma sensação ligada mais ao desconhecido que
ao teu corpo.
Teu corpo, é o contrário disso, pois ele é fortaleza.
Onde podes
guardar todas as armas e armadilhas para tua defesa, mesmo que não ataques, até
porque não é esta a guerra.
Identificar tua casa assim, é preciso.
Não será
noite, nem animal, nem alguém ou nenhuma emoção que te prenderá nos teus
lugares.
Tu, és quem te aprisionas, em clausura própria, a qual chamas de não
sei, mas sabe que é medo que não reconheces.
Imaginas, por um momento, que o
amor fosse absoluto.
E que por isso, ele te trouxesse toda a harmonia de uma
companhia.
Se conseguiste, imaginar, tens a prova de que o temor é circunstância.
E de
que há algo maior que o temor.
Rima com ele, combina com ele, namora com ele, que é o
teu amor...
Daíra canta "Pequeno Mapa do Tempo", de Belchior
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