A Negra e o Botão
Ela passava na frente
daquela casa.
Observava o homem no
portão.
Rotina que a fez
desejosa.
Queria arriscar
mudança.
Tocou campainha,
pediu informação.
Fingiu desfalecer ao
sol.
Ganhou copo d’água no
sofá.
Abriu os olhos da
falsa artimanha.
Pegou na espada do
seu salvador.
E se amaram
porcamente ali mesmo.
Evangélica negou
preservativo.
Fez-se rosa e lhe
abriu o botão.
Como se atrás não
houvesse perigo.
Como se acima
estivesse a religião.
Dessas quando o sexo
não tem sentido.
Dessas quando os
amantes não têm união.
É bom para o momento.
Péssimo para o tempo.
Pessoas que continuam
a busca.
E nem sabem o que
procuram...
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