Um dia desses, acho que era de noite,
eu li que o destino não existe, assim falava o escritor de um texto bem
determinado. E eu gostei disso. E eu passei a acreditar nisso. Se eu quiser
mudar meu rumo, eu posso, nada está escrito nas escrituras, até porque em tais
escrituras ninguém escreveu sobre mim. Nem nas estrelas, há uma constelação em
meu nome. Onde diabos estaria escrito que meu futuro seria de tal jeito? Pior,
quem é que teria escrito? Qual o que! Esse negócio de destino é para os
conservadores, aqueles que nada vislumbram além da realidade. O que será que
sonham estes infelizes? Com rotinas? Não se pode sonhar com rotinas, os sonhos
não servem para isso. Sonhos (acordados ou não) são para impulsão, movimento em
direção ao que ainda não é real. Então eu fiquei mais tranquilo, por saber que
as pessoas são mais fortes que o imaginário que lhes reservam, sem saber o que
e nem quem reservou. Mas as pessoas não sabem que são ou que podem ser fortes. Por isso
padecem no conformismo. Latentes, inertes, dormentes. Quando paira sobre nós a
nuvem do destino, temos que agir. Sair debaixo onde estamos, via lateral,
tangente, à francesa, de qualquer jeito. É a vida nos provocando. Pedindo a
mudança. Nem que fique tudo igual, importa a tentativa. Vamos, mexa-se, faça
aquilo que está aí na sua linha de partida. O que vier, virá. Um texto sem
final. Porque o final, é de sua competência. Vá... ou venha... mas saia logo daí...
Nenhum comentário:
Postar um comentário