sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Past In - tense



Um dia desses, acho que era de noite, eu li que o destino não existe, assim falava o escritor de um texto bem determinado. E eu gostei disso. E eu passei a acreditar nisso. Se eu quiser mudar meu rumo, eu posso, nada está escrito nas escrituras, até porque em tais escrituras ninguém escreveu sobre mim. Nem nas estrelas, há uma constelação em meu nome. Onde diabos estaria escrito que meu futuro seria de tal jeito? Pior, quem é que teria escrito? Qual o que! Esse negócio de destino é para os conservadores, aqueles que nada vislumbram além da realidade. O que será que sonham estes infelizes? Com rotinas? Não se pode sonhar com rotinas, os sonhos não servem para isso. Sonhos (acordados ou não) são para impulsão, movimento em direção ao que ainda não é real. Então eu fiquei mais tranquilo, por saber que as pessoas são mais fortes que o imaginário que lhes reservam, sem saber o que e nem quem reservou. Mas as pessoas não sabem que são ou que podem ser fortes. Por isso padecem no conformismo. Latentes, inertes, dormentes. Quando paira sobre nós a nuvem do destino, temos que agir. Sair debaixo onde estamos, via lateral, tangente, à francesa, de qualquer jeito. É a vida nos provocando. Pedindo a mudança. Nem que fique tudo igual, importa a tentativa. Vamos, mexa-se, faça aquilo que está aí na sua linha de partida. O que vier, virá. Um texto sem final. Porque o final, é de sua competência. Vá... ou venha... mas saia logo daí...



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