sábado, 7 de janeiro de 2017

Miscelânea 2017 - A




- quando a Poesia vai embora, e deixa isso aí:

O andarilho
Anda fora do trilho
Trilho feito pelos homens
Para que os homens não precisem andar...


O ano novo
É uma convenção mundial
Que aproveitarei agora
Para dizer o que eu já devia ter dito..
Mas eu não sou novo
Sei de mim
E vou apenas continuar,
A escrever o que eu deveria ter feito...


Você só tem medo de amar
Alguém que você não queira amar
O medo não é unilateral
Ele precisa de um referencial
Externo,
Não perigoso
E com um especial potencial amoroso...


Muitos falam da desnecessidade
De uma data especial para a revolução
Pior do que ter esperado essa data
É não ter a revolta em mente...


Um escritor de verdade
É aquele que já matou a curiosidade
Com um tiro na cabeça dela
Pois ele não depende que os outros o leiam
Ele apenas precisa escrever,
   ao invés de se matar imaginando..


Não sou parente dos poemas
Nobre e tradicional família
Barroca, árcade ou moderna
Que,
Com suas rimas ricas até alternadas
Com suas estrofes e sonetos
Seus versos brancos ou soltos
Fazem o povo deleitar...
Sou filho da poesia
Deito em cama fria
Escrevo sem sintonia
Um plebeu sem amor
Que pudesse me libertar...


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