Derrubei algumas coisas,
na vida
Não vi que eram vidro..
Hoje,
A dez quadras da morte,
não há nada que se quebre...
Minhas frases tuas
Lançam-se da beira da cama
No frio chão do destino..
Feito pessoas no incêndio de um
prédio
Pulam,
Só para fugir da sufocante agonia..
Neste espelho
A trinca é imaginária
Esconde-se há sete anos
Para que ele não veja,
que tudo realmente se acabou...
No clube dos suicidas
O sócio-remido,
é o mais covarde...
Quase agridoce,
O paladar da morte
Proporciona textos de alta
gastronomia..
Um feiticeiro me disse
Que não devo brincar com o destino
Respondi que não era brincadeira
Apenas faço notas sem medo
De tudo o que não será
Nem aqui nem lá,
Digno de minha vivência...
Não era estrela cadente
Era o brilho da adaga da morte,
Que riscou o céu do meu tempo
Na altura do meu olhar
Um olhar proibido de te amar...
As piores mortes
São as daquilo que não se enterra
Vaga pela superfície
Feito onda que não quebra
Aponta mas não chega
Na praia que eu tanto queria...
O silêncio
Morte em traje de gala
No baile das oportunidades..
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