Respeitem os enamorados!
Porque é preciso muita força,
para sustentar tanta ilusão
Ou é preciso toda a insensibilidade
para justificar tanta conveniência...
Voltei ao deserto
Onde finjo ser minha praia
Onde tudo é oásis
E os castelos de areia,
São levados pelo vento
Não há tempo,
Ou água para inventar...
Os mendigos
Não necessitam paladar...
As unhas do violão
Engatam nos cobertores,
nos clitóris,
e onde mais eu pensar em me aquiescer...
Vontade de ser sozinho
Apenas estou
Mas falta pouco..
Os outros,
Escoram-se nas suas companhias
Ou estão apoiados em coisa nenhuma..
Não busco a felicidade
Tampouco o amor
Eu só desejo a paz
Seja ela o que for...
Se depois de um tempo,
a poesia volta
Eu apanho dela
Bate-me na cara, nas mãos
Feito velha mestre
Indignada com meu abandono
Revoltada com minha ilusão
Vou para o canto da vida
Repensar os porquês,
de minha fuga irracional...
Como todo mundo faz.
Juntaram as pequenas coisas
Compraram móveis novos
E foram destruir-se entre paredes...
Não me peça sorrisos
Acabei de sair de uma relação
Onde usei a boca
Para libertar a lágrima
Contida pela sociedade
Que mal sabe o que é alegria..
Refluxo
Insurgência sabinada do organismo
Que não quer engolir esta vida...
Cemitério
Mar sem água
De barcos enfileirados
Porto de partida
Para o continente do céu..
Polacas
A minha sina
Morro só
Inútil rebelde...
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