Diametralmente oposta a qualquer ordenamento jurídico, DESUNIÃO ESTÁVEL é uma imaginária relação multiafetiva ousada entre a Poesia e a Música. Como esses valores estão em declínio nos dias pós-modernos, decidi promover impulsos de acasalamento sentimental entre ambas, com a substancialidade e a emoção que brota dessas duas formas de expressividade dos sujeitos na sociedade civil, ou seja, nascentes da natureza humana. Aos amantes, as cortesias da Casa.
Esta estranha música do
Zé, fala sobre reencarnação e reencontros, além da importância da consideração
nas relações entre os seres, e as consequências de seus desajustes quando a
força do silêncio impera, impedindo a nova criação, seja do que for.
kRIPTÔNIA
- zÉ rAMALHO -
MÁ CRIAÇÃO
Nada farás de tua
sensibilidade. Ela tem formato de pó, queimando em fortes labaredas dos sóis
que atravessam o céu dos teus dias obscuros. Ela é feito a chuva, que passa
pelo mundo e se esvai pelas bocas de lobo na cidade e pelas erosões do solo nos
campos e grotões nas florestas, ou então dissolvendo-se em lagos, rios e
oceanos. Às vezes, é como a garoa que as pessoas simplesmente evitam. Nem
precisa se dizer das tempestades. A sua natureza fluídica, é tão superficial que
se pode secar com panos de chão o espaço, os corpos com toalhas de rosto à mão
e as outras coisas não precisa porque evapora-se em poucos minutos. A
transparência lhe dá o tom de translucidez e o matiz da invisibilidade total.
Pode-se apenas escutá-la, por força das ondas, isto é, do barulho das águas. Águas
correntes que não ficam, obedecem ao movimento pré-ordenado do destino pela
sina de insignificâncias. Nem adianta vertê-las em palavras, disfarçando
sentimentos como se não fossem teus. Porque também tuas palavras são vento para
os ouvidos, aquela poeira ardente para os olhos, desinteressados de um submundo
individual avesso à modernidade da vidinha contemporaneamente agitada de
superfícies. O reconhecimento, é um filho bastardo de outro meretrício, o qual
jamais pegará no colo nem verá o rosto, de tão natimorto o prognóstico de tuas
esperanças de refletir em alguém. A realidade soberana hoje incansavelmente re-anuncia, que tu jamais terias uma
linha, um pouco de pele ou uma voz a teu respeito, muito embora tiveste te
dedicado na vã e persistente tentativa de construir um jardim. Sucumbidos a
visão, o tato e a audição, somados com a ausência de flores ao teu redor,
resta-lhe apenas o paladar. Isso tudo porque relutas em perceber que a maioria dos
teus sentidos se evanesce, à medida que tuas singelas exposições suplicam no
leito da segredosa existência. Então aproveita e usa tuas papilas linguais,
para imaginar o gosto que a vida não te deu. Depois, curva-te à tua
sensibilidade, pois foi ela que sustentou até hoje a relação de sobrevida entre
os elementos da natureza e os teus sentidos. Tu, que não querias ser droite na
vida que nem foi gauche, ainda tens de agradecer...
"Já é outono! — Mas por que deplorar um sol
eterno, se estamos empenhados na descoberta da claridade divina, — longe das
gentes que morrem ao correr das estações.
O outono. Nossa barca erguida nas brumas imóveis
ruma ao porto da miséria, a cidade enorme sob o céu manchado de fogo e barro.
Ah! os andrajos podres, o pão ensopado na chuva, a embriaguez, os mil amores
que me crucificaram! Nunca deixará de existir essa vampiro rainha de milhões de
almas e corpos mortos e que serão julgados! Revejo-me, apele roída pela lama e
peste, os cabelos e as axilas cheios de vermes, e vermes ainda maiores no
coração, estendido entre os desconhecidos sem idade, sem sentimento…Eu poderia
assim morrer…Horrorosa evocação! Execro a miséria.
E temo o inverno porque é a estação do conforto! —
Vejo às vezes no céu praias infinitas cobertas de brancas nações em festa. Uma
grande nau de ouro, acima de mim, agita seus pavilhões multicolores sob as
brisas da manhã. Criei todas as festas, todos os triunfos, todos os dramas.
Tentei inventar novas flores, novos astros, novas carnes, novas línguas.
Acreditei adquirir poderes sobrenaturais. Muito bem! Devo sepultar minha
imaginação e minhas lembranças. Uma linda glória de artista e de narrador
perdida!
Eu! Eu que me chamei mago ou anjo, dispensado de
toda moral, voltei ao chão, com um dever a buscar, e obrigado a áspera
realidade abraçar! Campônio!
Engano-me? seria a caridade, para mim, irmã da
morte?
Enfim, pedirei perdão por ter-me nutrido de
mentira? E sigamos.
Mas nenhuma mão amiga! e onde encontrar o
socorro?
Sim, a nova hora é pelo menos muito severa.
Pois posso dizer que a vitória me foi dada: o
ranger de dentes, o sibilar do fogo, os suspiros pestilentos se atenuam. Todas
as lembranças imundas se apagam. Minhas últimas queixas se esfumam, — inveja
dos mendigos, dos salteadores, dos amigos da morte, dos párias de toda espécie.
— Malditos, se eu me vingasse!
É necessário ser absolutamente moderno. Nada de cânticos:
manter o terreno conquistado. Dura noite! O sangue ressequido fumega em meu
rosto, e nada tenho atrás de mim a não ser este horrível arbusto!…O combate
espiritual é tão brutal quanto a batalha dos homens; mas a visão da justiça é o
prazer só de Deus.
É a vigília, entretanto. Recebamos todos os
influxos de real vigor e ternura. E, ao romper da aurora, armados de ardente
paciência, entraremos nas cidades esplêndidas.
Que falava eu de mão amiga? É uma bela vantagem
poder rir-me dos velhos amores ilusórios, e cobrir de vergonhas esses casais
mentirosos — vi o inferno das mulheres lá em baixo; — e me será permitido
possuir a verdade em uma alma e um corpo.”
"Há um prazer nas florestas desconhecidas; Um entusiasmo na costa solitária; Uma sociedade onde ninguém penetra; Pelo mar profundo e música em seu rugir; Amo não menos o homem, mas mais a natureza..."
Da vida descolorida das crianças pobres do país, extrai-se a verdadeira esperança: seus sonhos furta-cor. A realidade ignorada pelos homens públicos, faz quase extinguir a fantasia. Mas não, ela resiste, tal qual a alegria contida no triste palhaço, que é capaz de viver em cena o seu sonho, como as crianças o fazem no papel. Sobre o palco ou sobre as folhas, há um mundo mágico, onde é permitido ser feliz. É preciso olhar a vida de frente. Nem que este olhar parta destas crianças, por que não em nossa direção. Se nós resistirmos, sem lacrimejar, é porque temos alguma semelhança com os homens públicos. Do contrário, é sinal que realmente há esperança...
Dos maiores paradoxos, é peculiar ausência em meio a tanta gente. E se faz mais presente quando toda esta gente dorme. À medida que a noite se aproxima, ela vai chegando sem convite, e se instala num espaço recorrente, revelado em toda madrugada.
Das fortes sensações, é surda-muda que ninguém vê, apenas eu posso senti-la. Mais ainda, ninguém sabe sobre ela, minha fiel companhia particular. É a amiga oculta, que me visita nos momentos em que eu me privo do mundo lá fora. É parceira quando escuta minhas músicas lentas junto comigo. E é também amante quando me vê nu, aliviando-me das energias que não circulam.
Das grandes contradições, é ao mesmo tempo uma, duas até três destas variantes mencionadas. De tanto que me acompanha, faço concluir que não vivo só. Ela sempre está, a cada instante, a todo passo. Mantemos um pacífico relacionamento, sem sorrisos nem riscos, alegria nem tristeza. Mas os diálogos são intensos. Porque ela permite conversar a ponto que de que eu possa me conhecer mais e mais a cada nova manhã, por concebê-la como tal chance.
Das intensas emoções, faz orientar em meu próprio caminho. Sei do que eu quero, por aquilo que eu posso e o que tentarei. Minha Solidão é o maior exemplo de solidariedade que eu pude ter, pois jamais me abandona. Ela é alguém que não existe, mas fica bem ao meu lado. Não é alguém imaginário: estes, são fantasias que tentamos vestir em alguém que já conhecemos, nunca servindo a contento.
Das importantes essências, é bálsamo e energia em forma anímica. Porque eu a respiro junto com o oxigênio, expirando respostas para todas as minhas questões. Ela caminha junto comigo pelas calçadas. Passeia pelos parques, trafega no trânsito entre os automóveis. É companheira na leitura, na informação e no estudo. Motiva-me no trabalho, me impulsiona à atividade física. Brincamos juntos com os animais, os quais prontamente a reconhecem. Sobretudo, me inspira ao manifesto de sempre escrever.
Das melhores paisagens, minha Solidão ilumina meu quarto. Enche minha sala, floresce meu jardim, limpa minha rua. Arruma minha mochila, aponta-me a estrada, anima minhas viagens. Colore as montanhas, despolui os rios e clareia minha praia do sol que tanto preciso. Ensina-me que o mundo não é só aqui. Mata minha sede, sacia minha fome, traz saúde ao meu corpo. Principalmente, alumia meu espírito. Porque ela acolhe, liberta e glorifica, em direção à luz, ou à verdade.
Dos relevantes sentidos, ela está comigo quando rolam as poucas lágrimas, e também os bastantes sorrisos. Alimenta os meus sonhos e conduz minha criatividade. Afirma que não há loucura alguma em compreender e viver o mundo à minha maneira. Ainda faz-se presente quando estou em grupo, seja entre encarnados ou não. Por isto emancipa, evolui e encerra vínculos emocionalmente ilusórios. Ela justifica minhas condutas, define meu passado, conforta meu presente e otimiza meu amanhã.
Dos principais valores, é princípio, meio e fim. Porque todos os meus afetos me remeteram a ela, sinal evidente da força do destino. Será ela a partir de hoje minha morada, não obstante, quem quiser pode me visitar: por discernimento, não me refiro à convivência em sociedade, mas à Solidão do amor. Sem ela, eu não quereria tomar rumo à felicidade. Porque a minha Solidão é o meu cais, do qual zarpam barcos de esperança de um dia encontrar algo que eu possa chamar de Paz.
"...Faça com que a solidão não me destrua. Faça com que minha solidão me sirva de companhia. Faça com que eu tenha a coragem de me enfrentar. Faça com que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo."
Ela estava sentada num banco de
madeira, naquela manhã instável do parque público, tão vazio de gentes. O
vento ligeiramente fresco lhe tirara a vontade de caminhar, preferindo ler
aquele livro teimosamente inacabado. Outro romance, onde quase sempre as
estórias impossíveis se transformam em realizações até o final. Mas as frases a
conduziam como se fosse aquele vento, e volta e meia tinha que voltar do
pensamento até as páginas. Do nada, surgiu ele caminhando, atravessando as
pistas e o gramado em sua direção. Não pôde descrevê-lo, ante o súbito momento.
Aproximou-se, tomou-a pelas mãos levantando-a do banco. Tirou os óculos e
deu-lhe um suave e demorado beijo na boca. Ela, paralisada, entregou-se ao doce
mistério com sabor desconhecido até então. Ele, tocando com o dorso da mão no
rosto dela, despediu-se sem deixar voz. Rumou em direção ao lago, sumindo na
paisagem do tempo. Desperta do fato, sentou-se ao banco tentando começar a
entendê-lo. Não conseguiu, pois deverá carregar isso ainda por muito em suas
dúvidas. Apanhou suas coisas e foi embora dali, tomando o caminho de casa.
Talvez ele fosse alguém do passado, que por timidez não pôde se aproximar. Ou
então fosse alguém do futuro, que por destino resolveu antecipar sua despedida.
Do presente, não poderia ser, por estar ausente de espaço, de onde viria tal pessoa, tons de enigma...coisas que morreremos sem saber. Em função de um comportamento,
ela jamais soube compreender que ele na verdade era ela mesma. Alguém que
deslocou-se de si, para fazer um gesto de carinho que faltava, em alguém que
não soube lidar carinhosamente com as pessoas do seu espaço. Antes de entrar em
casa, abraçou uma mulher qualquer na rua, chorou e seguiu sem dizer nada. Por
sua vez, essa outra mulher também não reconhecia que omitia abraços. Mas deu um
sorriso para o moço que passava de bicicleta. Este, acenou para um senhor que
passeava com seu cão. E assim seguiu a humanidade. Depois daquele dia, cada um
recebendo algo que não costumava dar. Algo que não tinha preço, mas era capaz
de mover. Então a nova humanidade se fez presente, independente dos lugares e
das horas, distribuindo gestos e compartilhando descobertas. Assim, acabaram-se
os sonhos, e a fantasia agora era a realidade recentemente costumeira, tomada de
pesadelos. Não se sabe ainda quem foi o primeiro a estender a mão. Mas ficou
claro que todos fazem parte do vento, da imaginação e da companhia de si
mesmo...
"Três
tipos de pessoas fazem do desamor o alimento para sua sobrevida. Os músicos,
porque a inspiração vem de lá. Os poetas, porque a inspiração permanece lá. E os
loucos, porque a inspiração é sempre a metade. Por isto, não se pode
confundi-los com ninguém, apenas entre eles mesmos. "
- Corbeau
"Eu vivo à
espera de inspiração com uma avidez que não dá descanso. Cheguei mesmo à
conclusão de que escrever é a coisa que mais desejo no mundo, mesmo mais que
amor."
Esta linda canção de James Taylor, conta sobre o passeio da vida, algo que não é tão segredo assim, pois todos nós estamos aí para fazê-lo. Estamos sim num caminho, então cada coração deve abrir-se para a passagem do tempo, algo que não deve ser atrapalhado pelo medo, pois ambos não são reais, são apenas frutos dos nossos pontos de vista. Por isso precisamos flutuar por aí - já que é difícil entendermos a rota das estrelas - e ir compreendendo o quanto a vida é encantadora, assim como são os sentimentos e o seu sorriso.
sECRET oF lIFE
- jAMES tAYLOR -
cover by aNDREW fROST
"Quando alguém, de repente
Começa a ocupar um lugar cativo em nós Aparecem à frente três caminhos: O silêncio e todos os seus medos A paixão e todos os seus riscos A serenidade e todo o nosso equilíbrio O primeiro é omissão O segundo é aventura O último caminho, pode vir a ser Amor. Mas não precisamos optar por nenhum deles Quando é a natureza quem desenha a paisagem Simplesmente, seguimos na direção da luz Revelada na forma de destino”
“O silêncio, é o habitante guardião das nossas cordilheiras. Lá, a verdade o abastece d’água e o sonho é o seu alimento. Mas para que ele viva em paz, basta compreendê-lo, não indo além. E também respeitá-lo, então é preciso calar. Assim, protegemos aquilo que imaginamos ser o horizonte.”
Naquela
vasta biblioteca, quase nenhum romance. Tomada que estava de obras de ficção.
Não havia outros gêneros, o acervo era mesmo feito de interpretações
imaginárias da realidade então compreendida, e suas respectivas projeções,
alcances, às vezes estagnações temporárias. Nenhum conteúdo retrógrado, saudosismo não
habitava por ali. No alto, estórias de um tempo mais antigo, quando as chances
do futuro eram mais altivas, desprendidas, libertas. À meia altura, uma
prateleira sem volumes se estendendo de ponta a ponta, continha alguns
porta-retratos de pessoas que ficaram. Ao alcance sem esforço das mãos, o mundo
aos olhos contemporâneos de contemplar. Páginas de natureza morta se
multiplicavam em progressão desordenada, formando o design daquele corredor
ambientalmente adaptado. Era o corredor da vida, onde ela (a pessoa) guardava com apreço a
lembrança de suas experiências com as coisas reais, seus delírios, sonhos e
desejos levados pelo vento do espaço. Sempre autoral, pouquíssimos estranhos
faziam companhia a seu depositário cantinho de emoções, razões e combates entre
ambas. Mas eram as ausências que dominavam a temática local, diferentemente de alguns nichos ainda não preenchidos. Quem se
aproximasse dali, sentiria algo estranho, como se parasse diante de um mar e
não escutasse o barulho das ondas que avistava. Como se olhasse para o sol sem
ofuscar-se, ou para um céu noturno límpido sem estrelas. Um rio parado, a
floresta silenciosa, um vento imaterial. Não era nada insano, apenas humano.
Talvez seja mesmo essa a sensação que se tem numa livraria, de alguma coisa por
fazer, mais que uma simples atitude, exigindo um comportamento proveniente de
um hábito traduzido num ato de estender a mão e apanhar um livro não qualquer.
Mas todo aquele ambiente era estranho demais para que alguém se interessasse
por tais conteúdos. Pessoas passavam por ali como diante de um jardim de
inverno, intransponivelmente. Depois de algum tempo pré-determinado pelo
destino, seguiam seu curso, em direção à vida de verdade lá fora, longe dali,
distantes daquela desinteressante e maravilhosa biblioteca, o seu coração.
O cérebro. Estrutura
mais horripilante do organismo. Chefe supremo de seu sistema mais importante, acumula
funções de poder centralizador, controlando ditatorialmente todas as células através
dos tecidos, órgãos e aparelhos. É a polícia corrupta dos corações bandidos, pois
estes quando se entregam, são trancafiados em confortáveis celas sem janelas, banhos
de sol frequentes e alimentação razoável. É a igreja ilusória da alma vadia, pois
esta quando fugidia se torna, minimiza a inquietude, prometendo impossibilidades
e disfarçando solidões. É a escola deformadora dos membros errantes, pois estes
quando se perdem, aponta descaminhos, cobrando trabalhos inexequíveis e induzindo
a condutas suspeitas. É o estado febril da consciência instável, pois esta quando
oscila, determina atos, impondo regras e sentenciando o inverossímil. Nítido controle
social a nível particular. Uma ordem interna que não é compatível com o progresso
libertador, emancipatório. Suas vilosidades estendem as respostas até as portas
do infinito, paradeiro orfanato de dúvidas. E neste emaranhado de neurônios sensoriais é que
teimamos em dar sentido aos nossos motores. Apenas cuida-se do corpo como se instrumento
fosse, a conduzir o espírito aleijado de caminhar sobre pedras sociologicamente
bloqueadoras. Um microcosmo do universo relacional, gota da humanidade na natureza
imensurável e virginalizada. Necessitamos urgentemente usá-lo com mais propriedade,
antes que o resto do corpo se revolte e tome à força aquele poder. Pior ainda, é
se a milícia sentimental o fizer, sinal de derrocada moral e cívica do indivíduo
que não costuma refletir sobre seu papel na fauna social, repleta de poetas enlouquecidos,
prostitutas marginalizadas, homúnculos corruptos, gentes miseráveis e amores servis,
exemplos de que os neurônios não são na totalidade seus. O cérebro, meu melhor amigo,
ainda desconhecido nestas manhãs que são muito mais do que simples manhãs, são na
verdade, as verdadeiras chances...
"Nosso cérebro é o
melhor brinquedo já criado:
nele se encontram todos os segredos, inclusive o da felicidade."