"No meu
ofício ou arte amarga
Que à noite
tarda é exercido
Quando
alucina só a lua
E dormem
laços os amantes
Com as dores
todas entre os braços,
É que
trabalho à luz cantante
Não pela
glória ou pelo pão,
Desfile ou
feira de fascínios
Por sobre
palcos de marfim,
Mas pela
paga mais afim
De seus
secretos corações!
Não para
alguém altivo à parte
Da lua irada
é que eu escrevo
Os
respingados destas páginas
Nem pelos
mortos presumidos
Cheios de
salmo e rouxinóis.
Mas para
amantes cujos braços
Têm os
cansaços das idades
Que não me
dão louvor nem paga
Nem prezam
meu ofício ou arte."
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