A música mais bonita do cancioneiro brasileiro
"Viagem"
Paulo César Pinheiro & João de Aquino
versão 1 - Emílio Santiago (por Cris Caldas)
A
lágrima que vem da música, passa pelos olhos, corre pelo rosto, e cai no papel:
Todos
os dias. Ela vem ao meu encontro, sim. Lá na frente da casa, não precisa
campainha. Passam pessoas, automóveis e aviões, ninguém para. Não há ninguém que tocou, que
toque ou tocará, tocaria, ninguém. Tímida, e por isso mesmo, por assim ser, ela vem me visitar. Amiga,
mulher, namorada, amante, irmã, a poesia pode ser tudo, o que ela quiser. Não a defino,
só sei que é algo feminino que ronda ao meu redor. E entra em minha casa, meu
pensamento, meu coração. Ela me ocupa, me preenche, dá sentido aos espaços vazios
que habitam em mim. Talvez ela seja a religião que eu não sigo, a deusa que eu
não tenho, a fé que eu desacredito, o sentimento que eu não amo. Não fosse ela,
eu seria deserto. De emoções, de razões, de sensações. Ela chega, senta-se ao meu
lado, dá-me seu colo, seu abrigo, conforto e todas as palavras que eu posso conjugar. Assim, eu posso ser mar. E podemos viajar em ondas, tons e cores de sensibilidade. Minha única rima, de todos os meus anos, ela é companhia. Ouvidora
e conselheira, usa a linguagem da música para que eu compreenda melhor essa
coisa apelidada de vida, mas que se chama solidão. Parabéns, poesia. Porque todo dia é
seu aniversário...
...e por ser assim, trago o bis do parabéns:
versão 2 - Fabiana Cozza
versão 2 - Fabiana Cozza
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