A
manteiga está acabando.
Preciso
começar a cozinhar com alho.
Os
pinhões não são mais os mesmos.
De
que cor será meu próximo paletó?
Eu
tinha trinta e seis panos de prato.
A
cadela que solta pelos no chão de tacos.
Os
pássaros vêm defecar na despensa.
O
mendigo não aceitou duas camisas minhas.
Não
tem mais ventuinhas no mercado de peças.
Siglas
novas para carros novos com seus porta-malas cada vez menores.
As
redes sociais estão se rasgando.
O
pó da estrada tem mais oxigênio.
A
maioria das pessoas representa fora dos palcos dos atores.
Nossos
valores não possuem lugar nem no varejo.
A
sede é geral.
Banalizaram
a pátria.
Tornaram-se
sinônimos polícia e covardia.
O
paradoxo dos covardes fomentando a violência.
Eu
fazia academia com meu deputado.
Temos
que boicotar os mass media.
Meu
telefone fixo não toca.
Algumas
frases brilham feito punhal.
Elas
se masturbam quase todo dia.
Queria
tanto um bálsamo para meu pênis.
Agora,
durmo menos de cinco horas por noite.
Não
sei se a barba vingará até o mês que vem.
Sou
feito uma vírgula em meio a tantos períodos completos.
Nunca mais fui pescar.
Nunca mais fui pescar.
Uma
inspiração passou batida na multidão.
Os violões hibernaram.
Os violões hibernaram.
O
álcool resseca meus orvalhos da noite.
O
mar parece cada dia mais longe.
A
solidão aumenta a cada aniversário.
Já são 907 recados para ninguém.
Já são 907 recados para ninguém.
Escrevo
em folhas secas.
E
ele não pôde seguir a mulher que amou...
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