-“Boa noite. Ele está?”
-“Quando foi isso?”
-“Bem...acho que no ano passado,
talvez.”
-“A senhora não sabe para onde ele foi?”
-“Não...mas acho que ele foi pra
bem longe, nunca mais ouvi falar.”
-“Tem alguma referência, um
telefone ou sabe de alguém que possa me informar?”
-“Nada...” – e a moça ficou no
portão sem saber o que fazer.
-“Dá licença, moça, é muito tarde e eu estou ocupada, até.”
-“Mas espere um pouco...” – ela não
tinha mais o que dizer, restou acompanhar a senhora fechar aquela porta.
Voltou-se
para a rua, encostou-se na lateral do carro e ficou até sem saber o que pensar.
Esse vazio que agora tomava conta, era um espaço que ela não havia ocupado adequadamente
e no tempo certo. Pois um dos maiores erros que se pode cometer na vida, é deixar
de querer quem se tem. A questão é que só iremos descobrir isto, quando nossas ilusões
vão embora, tornando nossa casa de sentimentos, um imenso mas inevitável vácuo. Então tardiamente imaginamos conversar com alguém, uma determinada senhora, chamada consciência..
"A THOUSAND YEARS" / Christina Perri / by Piano Guys
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