terça-feira, 30 de abril de 2013

Contos sob a copa das Araucárias


 EU, PEREGRINO 



Penso frequentemente, no dia em que eu darei o primeiro passo dentro de meu novo caminho. Então me vêm à mente, as coisas que hão de existir para que eu possa me considerar neste caminho novo. Eu precisaria ser soberanamente eu, ou seja, respeitar os meus valores, mantendo o suporte deles. Trazer na bagagem todos os meus sonhos e desejos, já tendo me colocado ao seu encalço realizador. Conduzir na memória viva os entes queridos, desde os que já se foram em qualquer sentido, e os que hoje estão, apenas lembrando dos bons momentos. Fazer por onde aconteçam minhas perspectivas, pela busca incessante de dias melhores, tomados de trabalho, saúde, dialética e paz. Mas aí eu começo a concluir que eu já dei esse primeiro passo, há tempos. Porque tudo isso que eu imaginava no porvir, preenche meu coração nos dias desse presente. Já é hora de reconhecer que minha peregrinação dentro de mim mesmo, iniciou-se naquele já passado tempo, e que respiro os novos amanheceres como se deve. Porque todo dia é manhã de alvorada, até mesmo para quem ignore isto. Levo comigo no peito, tudo aquilo que me fortalece, o meu aprendizado. O que não deu certo, ficou respeitosamente para trás. Necessito apenas de água, também porque os dias se sucedem. Enfim, o norte se anuncia no coração do meu rumo. Porque hoje eu sei, que não estou mais lá.. 


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