terça-feira, 28 de maio de 2013

AUTORALLIA << A outra collônia / por Diamond Fisher



A OUTRA COLLÔNIA 
Cansado da matéria, tentava recuperar o fluido que a movia. A resposta estava em seu espírito, em razão da tríade elementar da existência. Todo desequilíbrio será castigado, não pela fé e sim pela irresponsável desordem aplicada à própria natureza. Ignorar o tempo, foi preciso para partir em busca de igualdade dentro de si mesmo. Quando a órbita encerrar, ao menos chegaria lá com algumas poucas histórias para contar. Melhor que permanecer à beira do espaço, atrelando-se às falsas paisagens que lhe desviam a evolução. E que a morte não venha na hora em que estiver sorrindo querendo ficar. Pois seria o sinal de que ainda há caminho para se aprender. Enquanto essa hora não vem, compreender a estrada como se fosse a última, embora cada amanhecer seja uma nova chance de se trilhar. O apelo somente aos deuses dos ventos, para trazerem por perto a água que ele tem demorado verter, em sua alma que lhe impede calar, diante da poeira microcósmica dos outros todos, que não se reconhecem como aprendizes. Também cansativos são os que professam mesmo sem títulos o devir alheio, imodestos seres destituídos de espelhos em suas residências, na vã tentativa de ensinar a qualquer um o que não se aprende sem sofrimento particular. Oh mundo mediano, onde o aprendizado diuturno é gota diante da imensidão do universo, exacerbada pela infinidade de caminhos a oferecermos à nossa própria voz, por muitas vezes côncava, diante de um convexo destino. Generosa dádiva a quem necessita urgentemente bem lidar com a percepção exponencial de todos os seus sentidos. 



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