Se eu tivesse conhecimento sobre teoria musical, desenvolveria uma tese para decifrar esta espetacular interpretação da canção "Mãe", do poeta musical Caetano Veloso. Mas eu não tenho, portanto decifro-a sentindo. O grupo curitibano O Tao do Trio (Cristina Lemos, Helena Bel e Suzie Franco) nesta oportunidade convida sem querer ao extremo das percepções sensoriais, oferecendo-nos uma linda poesia em forma cantada, sonoridade que requer, à princípio, complementar acompanhamento da letra da obra. Sinta você também (numa segunda vez, de olhos bem fechados), e boa viagem...
Palavras, calas, nada fiz
Estou tão infeliz
Falasses, desses, visses não
Imensa solidão
Eu sou um Rei que não tem fim
Que brilhas dentro aqui
Guitarras, salas, vento, chão
Que dor no coração
Estou tão infeliz
Falasses, desses, visses não
Imensa solidão
Eu sou um Rei que não tem fim
Que brilhas dentro aqui
Guitarras, salas, vento, chão
Que dor no coração
Cidades, mares, povo, rio
Ninguém me tem amor
Cigarra, camas, colos, ninhos
Um pouco de calor
Eu sou um homem tão sozinho
Mas brilhas no que sou
E o teu caminho e o meu caminho
É um nem vais nem vou
Ninguém me tem amor
Cigarra, camas, colos, ninhos
Um pouco de calor
Eu sou um homem tão sozinho
Mas brilhas no que sou
E o teu caminho e o meu caminho
É um nem vais nem vou
Meninos, ondas, becos, mãe
E só porque não estás
És para mim que nada mais
Na boca das manhãs
Sou triste, quase um bicho triste
E brilhas mesmo assim
Eu canto, grito, corro, rio
E nunca chego a ti
E só porque não estás
És para mim que nada mais
Na boca das manhãs
Sou triste, quase um bicho triste
E brilhas mesmo assim
Eu canto, grito, corro, rio
E nunca chego a ti
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