terça-feira, 24 de junho de 2014

Declamar é Viver



 Marina Colasanti 
 "Eu sei, mas não devia" 
 por Antônio Abujamra 



Seção AMOR LIVRE

 "SUENO CON SERPIENTES" 
 SILVIO RODRIGUEZ 


Poesia incidental - Bertold Brecht / Los que luchan 
"Hay hombres que luchan un dia y son buenos; 
Hay otros que luchan un año y son mejores; 
Hay quienes luchan muchos años y son muy buenos; 
Pero hay los que luchan toda la vida, 
Esos son los imprescindibles." 


 versão Rita Gullo 

 versão Victor Mairal Lerga 

 versão Mercedes Sosa & Milton Nascimento 

 versão León Gieco 

 versão original 
 SILVIO RODRIGUEZ 



segunda-feira, 23 de junho de 2014

BICHOS emocionais DO PARANÁ racional - "Mãe"

Se eu tivesse conhecimento sobre teoria musical, desenvolveria uma tese para decifrar esta espetacular interpretação da canção "Mãe", do poeta musical Caetano Veloso. Mas eu não tenho, portanto decifro-a sentindo. O grupo curitibano O Tao do Trio (Cristina Lemos, Helena Bel e Suzie Franco) nesta oportunidade convida sem querer ao extremo das percepções sensoriais, oferecendo-nos uma linda poesia em forma cantada, sonoridade que requer, à princípio, complementar acompanhamento da letra da obra. Sinta você também (numa segunda vez, de olhos bem fechados), e boa viagem... 




Palavras, calas, nada fiz
Estou tão infeliz
Falasses, desses, visses não
Imensa solidão
Eu sou um Rei que não tem fim
Que brilhas dentro aqui
Guitarras, salas, vento, chão
Que dor no coração  
Cidades, mares, povo, rio
Ninguém me tem amor
Cigarra, camas, colos, ninhos
Um pouco de calor
Eu sou um homem tão sozinho
Mas brilhas no que sou
E o teu caminho e o meu caminho
É um nem vais nem vou   
Meninos, ondas, becos, mãe
E só porque não estás
És para mim que nada mais
Na boca das manhãs
Sou triste, quase um bicho triste
E brilhas mesmo assim
Eu canto, grito, corro, rio
E nunca chego a ti   


sábado, 21 de junho de 2014

AUTORALLIA << Paranoás / por Bertold Brown



PARANOÁS 
O lago onde são pescados saborosos filés e postas piscianos, esconde um número indeterminado de cadáveres sociais, teimosamente conservados pela água doce e parada. Carne vermelha e putrefata, que desnutre peixes a serem ingeridos em nome da ilusão branca, num modificado ciclo do canibalismo darwiniano. A retroalimentação tardia, transferindo genes não sexuais de codinome aminoácidos, feito ciranda de sobrevivência onde espécies se entremeiam quimicamente, brincando com o prazeroso paladar, indiretamente ativado pelos mesmos sentidos que ignoram o conhecimento, a prevenção e a leitura. Amadores, não nos preocupamos com as origens das coisas. Mas somos especialistas em resolver problemas a partir de suas consequências. Título conferido pela excitante glorificação dos olhos clínicos, do imediatismo e da conformidade plástica. Alguém me perguntaria quando é que iremos mergulhar em nossas profundezas, eu não responderia. Mas levaria comigo que o homem criou barcos, varas, linhas, redes e tantos outros artefatos simplesmente para evitar se molhar, permanecendo impávido e perene na superfície das coisas. Assim como foge da chuva, das ondas, correntezas e demais manifestações da natureza do elemento em questão. Sem meios que elevou à categoria de equipamentos, talvez o homem conhecesse melhor o mundo ao seu redor, um caminho mais adequado para cientificar-se de sua própria condição mortal, e principalmente da condição mortífera de seu semelhante. Este, também uma nova nomenclatura para quem recentemente era conhecido como excluído. Mundo falacioso e desigual, onde indivíduos renomeiam outros de acordo com suas conveniências, falseando direitos e garantias como quem apelida peixes em água salgada, em favor da subnutrição do organismo social... 


INSTRU#MENTALLIS ]modificado[


 "O acústico invade o meio da tarde urbana 
 Um delicioso estupro invulnerável do costume social 
 Pelo comportamento libertariamente inequívoco, 
 Dos que fazem da boa música  
 Um caminho para a antimatéria dos sentidos..." 
 - Neruda Paulífero 


 Change The World 
 Eric Clapton 
 by Sungha Jung & Akihiro Tanaka