sexta-feira, 22 de novembro de 2013

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hERMENÊUTICA <> oSWALDO mONTENEGRO / pOR bRILHO


 SINOPSE 

Esta canção conta uma história que se repete a cada dia, mas é por alguns tratada de uma forma diferente  às noites. Quando duas vidas divergem em caminhos, não importa o tamanho do afeto, de onde parte, aonde repousa ou coisas de reciprocidade. Poucos fazem isso, desejar luz para quem se foi, de um jeito independente, sem intenções e com desapego. Fosse assim, as pessoas estariam mais preparadas não só para partir, mas também novamente ancorar. 


 "pOR bRILHO" 
 oSWALDO mONTENEGRO 



 Fronteiras 

Vai. Segue por onde for, não sem levar contigo a recordação das estrelas que desenhei e tu deixaste no papel de cabeceira. Quando for preciso, acende no conforto de teu pensamento o lume do que houve em mim, e sentirás a força contida daquilo que talvez pudesse ter sido algo além daqui. Que seja então, mesmo que d’outro formato, e possa quem sabe feito réstia, te guiar com mais tranquilidade e destreza, já que a maestria de te conduzir que eu abracei e me escapou junto às tuas mãos, ficou por terra nossa de poesia, campos onde pisas quase em perfeição, com a ternura que eu reconheço como ninguém. Lembra de esquecer a vergonha que te cerraste os olhos impedindo que me visse em teu caminho. Mas esquece de lembrar que esta luz vem de mim, por respeito e obediência às direções transformadas em sentidos que damos às nossas vidas de escolha. Nem mágoa, jura ou esperança, apenas a certeza de que tu estejas no rumo certo. Num lugar onde alguma outra estrela tenha conseguido tocar por mérito aquilo que eu quase senti: o teu olhar em fel.